quinta-feira, 30 de maio de 2013

Poeminha da lua e da saudade

Hoje a saudade bateu à porta com todos os seus clichés. Veio passar um tempo, dois talvez. Trouxe a lua que não vivi ontem à noite, minguada, à espera do mês que vem.

Conversamos, a saudade, a lua e eu,
enquanto os clichés corriam pela casa, sem se darem pelo que falávamos.

A saudade, carinhosa, resolveu abraçar-me,
enquanto a lua chorava seu fim iminente.

Deixei-me tombar nos braços da saudade. A lua, então, veio molhar meus pés. 
Éramos, nas frações dos segundos que passavam, um só.

Até que a saudade anunciou: embora não poderei ir. Me acostumei a ti.
A lua morria, já conformada, já esperançosa.

Abraçados, a saudade e eu acompanhávamos a lua partir,
e o doce riso dos clichés preenchiam os vazios da casa, alheia.

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