Conversamos, a saudade, a lua e eu,
enquanto os clichés corriam pela casa, sem se darem pelo que falávamos.
A saudade, carinhosa, resolveu abraçar-me,
enquanto a lua chorava seu fim iminente.
Deixei-me tombar nos braços da saudade. A lua, então, veio molhar meus pés.
Éramos, nas frações dos segundos que passavam, um só.
Até que a saudade anunciou: embora não poderei ir. Me acostumei a ti.
A lua morria, já conformada, já esperançosa.
Abraçados, a saudade e eu acompanhávamos a lua partir,
e o doce riso dos clichés preenchiam os vazios da casa, alheia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário