quarta-feira, 25 de maio de 2016

Conto escolar nº 02 ou "atividade"

Leia abaixo um trecho da estória de Os cães que ladram, de J. Sar-Amargus; em seguida, faça o que se pede:

"(...)
Para se montar uma cantina em escola é necessário abrir processo de licitação e respeitar a livre concorrência, como preconiza as leis do Estado a que alguns chamam Burguês, outros, julgados menos esclarecidos sob a ótica dos primeiros, preferem dizer Estado Democrático, se falta a este ou aquele algum teto, bom emprego ou bons estudos, ou mesmo artigos de primeira necessidade, um prato de arroz e feijão, um pão com café, deve-se culpar o sujeito que não se esforçou o bastante e não fez por merecer. Mas a gente tem uma cantineira amiga da escola, aqui da comunidade, conhecida dos alunos, falou uma professora. Esquecemos de dizer que a cena acontece em uma escola, especificamente em uma sala de professores, lugar da gente esclarecida, Castelo dos Nobres no Limbo de Dante, cuja luz emana do conhecimento de quem lá habita. A mesa onde os doutos se encontram, porém, não é circular, e fracamente iluminada por uma lâmpada fluorescente de par queimado, detalhe pouco importante ao momento preciso da narrativa, só nos dificulta a descrição destes que estão sentados, uma mulher já de meia idade, um homem de vinte e tantos, outra mulher, um homem de grande barriga, outro homem e outra mulher, as sombras do ambiente não nos permite ir além, voltemos, portanto, à conversa. É, e a moça está ajudando na reforma do piso da cozinha dos professores, Até armário mandou fazer, Mas isso não é ilegal, Veja bem, eu só estou contando o que ela já fez por nós, Lembra de como estava o piso da cozinha, Os armários são de parede, vai sobrar espaço naquele cubo apertado, E depois o processo está aberto, vão ter outras propostas, se vocês acharem melhor as outras, Outras não, a gente já conhece essa, é arriscado colocar quem não entende dos paranauê, E o que os alunos ganham com isso, Você viu o preço dos lanches, as promoções, Vamos até estender os intervalos para dar tempo de todos comprarem, Mas a gente vai poder continuar escolhendo os lanches primeiro, Precisamos ver como organizar isso, porque não fica legal pra nossa imagem cortar fila de aluno, deixemos a discussão de lado, claro está que a categoria saberá encontrar a solução, jamais esqueçamos nós, incultos, que estes são os seres que trazem a luz aos alunos, não são como as mães,  que os filhos entrega à luz, os dá como se diz no corrente, gesto menos adequado ao mundo do mercado, onde nada se ganha, tudo se compra, tudo se vende, tudo se conquista por esforço e mérito, é o que ensina a escola, os esclarecidos que as gere e digere. Disso sabemos pouco, pouco deve saber um narrador que usa por três vezes as palavras luz e esclarecido, quarta agora, parece que não aprendeu nada (...)."

1.) reorganize o excerto e transforme o diálogo presente nele em discurso direto, dando voz às personagens e usando os sinais de pontuação adequados (aspas ou travessão, interrogação, exclamação, dois pontos, ponto final);
2.) Reescreva a história começando da seguinte forma:
"Para se executar algumas obras públicas, é necessário licitação e abertura à livre concorrência..."

ORIENTAÇÕES
            - a atividade é individual;

            - faça as alterações que julgar necessárias;

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