Não sei porque tua presença ainda ronda e escurece meu peito. Talvez seja o leite em pó que devoras tal qual criança. Os cabelos ruivos de Talita, mais intensos que tua barba. O café da tarde solitário, ou aquela canção de Bethânia (o que é teu já tá guardado), o mantra.
Escreveste-me em cacos, num pedaço de poema, palavra tua, descartada. Guardei-me. Guardei a pedra que o coração regurgitou. Um eu te amo que não passou pela garganta.
Já não inteiro outrora, hoje sou um caco de Pessoa, inconsciente de deuses. À espera do afago perdido. Num certo mês de setembro.
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