"vi o açude sem ter água
e secou até a mágoa
e os meninos sem comer, sem beber, sem viver"
(Nino Miau, Sol do cangaço)
amor não é,
faz. brotar setembros, adormecer marços.
lembrança sim: nuvem carregada. cai uma, duas vezes no domingo.
mágoa, palavra molhada, encharcada na primeira bátega.
ódio é sol e céu aberto. seca das nascentes.
rancor é chão rachado, sem restolho e sombra de novo aguaceiro.
amigo é sempre água de cacimba.
saudade, um sussurro soprando a segunda chuva.
Um comentário:
é de fato amor amortece e faz dormir certas épocas e vontades também. Belo poema , amigo. Grato pela partilha!
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