O tempo suspendeu
-se. Congelou
(partículas de água no frio intenso).
O gesto ficou por terminar,
mão no rosto,
polegar sobre os olhos
recolhendo
uma
lágrima. E o soluço,
inacabado.
Os pratos sobre a mesa,
a comida sobre os pratos:
tudo imóvel, tudo
em pênsil.
À espera: a faca de pão,
a rede da varanda,
o tapete
os quadros,
o choro e a mamadeira.
Os móveis e as viagens.
O desejo.
Suspenso na atmosfera
inefável
do futuro.
Um comentário:
uau.
Belo poema - (para variar, poético e com viés cinematográfico ;)
Abraços!
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